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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Alimentos: Mocinhos ou vilões? (por Lucilia Diniz)


Nos últimos meses tenho me sentido espectadora de um filme de bangue-bangue, cujas estrelas são os alimentos. Ora considerados do bem, ora do mal. No enredo dessa história, adoçante ganhou fama de vilão, o chá verde foi destronado pelo chá branco e o ovo, ex-inimigo número um do coração, agora emagrece. A troca de papéis é tanta que nós, a audiência, ficamos sem saber para quem torcer e, ainda pior, o que comer...


Adoradores de adoçante, tremei-vos! Não é de hoje que pesquisas tentam “desmascarar” o adoçante. A mais recente agitou médicos, nutricionistas e, principalmente, consumidores de edulcorantes. Tudo começou quando ratinhos, com dieta à base de iogurte com sacarina, foram postos à frente de um pudim de chocolate e, após a comilança, ainda consumiram mais iogurte, enquanto o grupo que vivia de iogurte com açúcar se satisfez com a sobremesa achocolatada. Conclusão dos pesquisadores: adoçante desregularia respostas fisiológicas no cérebro, despertando uma fome voraz e, conseqüentemente, engordaria. Sem querer desmerecer os roedores, vale lembrar que essa pesquisa, ou qualquer outra parecida, não foi feita com humanos. E o que pude observar no meio dessa caça às bruxas é que muito pouco ou quase nada foi dito sobre Stévia, um adoçante que, diferentemente da sacarina, é natural. Nessa verdadeira inquisição, não houve menção, por exemplo, ao poder medicinal da planta que dá origem a esse adoçante natural e que, por centenas de anos, foi usada por índios como tratamento medicinal para combater dores estomacais e outros males (e, se você já viu algum índio acima do peso, me conte).



Chá verde x chá branco

Outros alimentos que viveram seu dia de glória, ou de perdição, também tiveram seus papéis invertidos. O chá verde, até pouco tempo atrás conhecido por sua ação desintoxicante, diurética e por acelerar o metabolismo, teve seus dons postos à prova. A suspeita seria de que o chá branco, originário da mesma planta, mas colhido em estágio anterior, seria melhor, mais potente e saudável. No entanto, enquanto você fica parada em frente às gôndolas do supermercado sem saber qual dos dois levar, outras pesquisas continuam sendo feitas e também sem resultado definitivo. Até o momento, não há estudos clínicos envolvendo seres humanos que compare os resultados antienvelhecimento do chá branco com o verde. E, na falta de pesquisas de longo prazo, siga a única resposta da qual você nunca deve desconfiar: seu instinto.


A lista é grande

Outros alimentos também transitam entre o bem e o mal. O ovo, por exemplo, outrora condenado, agora é até indicado para ajudar a emagrecer. Em um estudo que comparou mulheres em dieta, foi constatado que a metade que comia ovos mexidos pela manhã perdeu 65% a mais de peso que a metade que comia torradas. Com o café foi o mesmo. Hoje é comprovada a presença de antioxidantes capazes de bloquear os radicais livres. E também as suspeitas de que a bebida poderia ser prejudicial a fertilidade caiu por terra. Esses são só alguns exemplos que comprovam uma verdade: devemos ficar, sim, de olho nas pesquisas, acompanhar estudos e estar a par do que se fala sobre os alimentos que fazem parte da nossa dieta. Só que, mais do que isso, precisamos olhar para dentro, observar as reações do nosso organismo, reconhecer como o corpo responde a determinado ingrediente e, aí sim, fazer nossas escolhas. A minha, por exemplo, é continuar adicionando às receitas o adoçante, sem me culpar por sentir prazer nisso.

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